A testosterona é uma hormona própria do indivíduo masculino, e
existem fortes indicações que a concentração plasmática desta hormona é
inversamente proporcional à massa corporal de um indivíduo. Um estudo indica que a presença
dessa hormona diminui naturalmente com a idade, mas que, quando um homem é
obeso, em qualquer idade, verifica-se nele uma perda de testosterona semelhante à perda de um homem não obeso com 10 anos a mais.
Em condições normais, uma pequena
porção da testosterona é transformada em estradiol a qual
atua do mesmo modo que a testosterona ao nível da regulação do complexo
hipotálamo-hipófise. Tal fenómeno é realizado por uma enzima chamada aromatase.
Quando o homem chega a um peso muito acima do normal e índice de massa corporal
maior do que 40 Kg/m2, elevam-se os níveis desta enzima.
Se há um aumento da enzima
aromatase, mais testosterona será transformada em estradiol e, como esta
hormona de origem feminina actua no complexo hipotálamo-hipófise do mesmo modo
que a testosterona, vai ocorrer uma inibição neste complexo. Esta inibição
resultará na diminuição na produção de GnRH, LH e FSH. Como sabemos, no
funcionamento normal da regulação hormonal masculina, a diminuição da produção
de LH resultará numa diminuição da produção de testosterona.
Concluindo, o aumento da massa
corporal resulta na produção de aromatase que, por sua vez, provoca uma
diminuição dos níveis de testosterona no sangue, sendo que os homens obesos
tendem a ter menos testosterona no sangue do que os homens não obesos.
Ao ser diagnosticado este défice de produção de testosterona a indivíduos obesos é, normalmente, tomada uma medida profiláctica de compensação?
ResponderEliminarPedro Cintra ESPAA
Desde já agradecemos a tua disponibilidade para visitares o nosso blog.
EliminarTendo em conta os baixos níveis de testosterona detectados em pacientes obesos ou diabéticos, as concentrações hormonais devem ser medidas regularmente nestas pessoas, especialmente quando estas condições ocorrem em simultâneo.
O nível ideal de testosterona deve ser acima de 300 ng/dL (nanogramas por decilitro de sangue). Quando o homem apresenta menos de 200 ng/dL, está com deficiência hormonal e precisa de tratamento.
A 1º medida a tomar, quando já se tem níveis baixos de testosterona, é a perda de peso. Pois ao diminuir de peso, os níveis de testosterona irão aumentar, porém, se a perda de peso não resultar, o melhor tratamento será a reposição/terapia hormonal. Existem diferentes opções e formas de administração no mercado. No caso da terapia hormonal injetável, o undecilato de testosterona 1000 mg** é o mais conhecido. É assim administrado em aplicações trimestrais (injeção intramuscular), totalizando apenas quatro aplicações por ano.
Segundo um estudo brasileiro, os homens que não tinham quantidades suficientes de testosterona no organismo e fizeram reposição hormonal perderam em média 16 quilos em cinco anos de tratamento. Este estudo conseguiu comprovar a importância da reposição da hormona masculina, sendo assim benéfica para qualidade de vida do homem e no auxílio da perda de peso. A regulação dos níveis de testosterona também contribui para a melhoria do humor, da energia e reduz a fadiga
É estimado que a partir dos 40 anos inicia-se o declínio da testosterona a uma taxa média de 1% por ano de vida. A baixa acentuada da hormona a partir dessa faixa etária é chamada de Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM), popularmente conhecido como andropausa.
Para mais informações, aqui estão 2 sites que te poderão ajudar caso precises.
• http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20100504080522&cat=saude&keys=obesidade-masculina-relacionada-testosterona
• http://www.folhadapraia.com/?pg=not%EDcia&id=4046